Data: 01-02-2012
Criterio: C2a(i)
Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Wittrockia superba é endêmica do Brasil e ocorre nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo Paraná e Santa Catarina. Apesar de apresentar ampla distribuição (EOO=134.135,09 km²), a espécie é pouco frequente. Suas subpopulações são pequenas e compostas por cerca de 250 indivíduos. Com base nos registros de ocorrência, estima-se que existam cerca de 10 subpopulações e somando um total de cerca de 2.500 indivíduos maduros. W. superba é epífita de dossel, terrícola ou rupícola, e vive em Floresta Ombrófila Densa. A população da espécie está sujeita ao declínio contínuo devido à perda de hábitat. A região de ocorrência da espécie está sujeita aos efeitos de atividades agropecuárias extensivas, expansão de áreas urbanas, queimadas e atividades mineradoras, além de diversas atividades potencialmente poluidoras. W. superba foi classificada como "Em perigo" (EN).
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Wittrockia superba Lindm.;
Família: Bromeliaceae
Sinônimos:
Descrita originalmente na obra "Kongliga Svenska Vetenskaps Academiens Handlingar", n.s. 24(8): 20, t. 2, f. 13-21. 1891.
Espécie pouco frequente, encontrada em agrupamentos de dois a cinco exemplares (Reitz, 1983). Foi registrado também nove indivíduos na Reserva Natural do Morro da Mina, Antonina - PR, que está inserida na Área de proteção ambiental (APA) de Guaraqueçaba (Petean, 2009). Foi encontrado também, cerca de 215 indivíduos da espécie (Nunes-Freitas, 2004).
Espécie endêmica do Brasil, ocorrendo no Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Martinelli et al., 2008; Forzza et al., 2010). Ocorre até cerca de 700 m de altitude (Reitz, 1983).
Planta herbácea, epífita de dossel, terrícola ou rupícola (Nunes-Freitas, 2004), ocorre em Floresta Ombrófila Densa e afloramento rochoso (Martinelli et al., 2009).
1.4 Infrastructure development
Incidência
local
Severidade
low
Detalhes
Foi apontada como ameaça na APA Petrópolis a expansão de áreas urbanas, condomínios e loteamentos rurais (Barreto, 2007).
1.1 Agriculture
Incidência
local
Severidade
medium
Detalhes
Foi apontada como ameaça na APA Petrópolis a exploração de atividades agropecuárias extensivas, inclusive em margens de rios, encostas íngremes e topos de morros (Barreto, 2007).
1.7 Fire
Incidência
local
Severidade
low
Detalhes
Foi apontada como ameaça na APA Petrópolis as queimadas (Barreto, 2007).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Presente na Lista de espécies da flora ameaçada de extinção do Rio Grande do Sul na categoria "Em Perigo" (EN) (CONSEMA-RS, 2002).
4.3 Corridors
Situação: on going
Observações: Ocorre no Corredor da Serra do Mar da Mata Atlântica (Martinelli et al., 2008).
5.7 Ex situ conservation actions
Situação: on going
Observações: A espécie está em cultivo ex situ na propriedade particular Tropic Beauty, Nassau, Bahamas (Baensch; Baensch, 1998).
4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Ocorre na E.E.E. de Aratinga, RS (Duarte; Bencke, 2008); Parque Botânico do Morro Baú, Ilhota - SC (Hoeltgebaum, 2003); APA de Guaraqueçaba - PR (Petean, 2009); PARNA Bocaina e Floresta da Tijuca (Leme, 1997).
- FORZZA, R.C. ET AL. Bromeliaceae. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB000066>.
- MARCIA PATRICIA HOELTGEBAUM. Composição florística e distribuição espacial de Bromélias epifíticas em diferentes estádios sucessionais da floresta ombrófila densa - Parque Botânico do Morro Baú - Ilhota/SC. Mestrado. : Universidade Federal de Santa Catarina, 2003.
- BAENSCH, U.; BAENSCH, U. Blooming Bromeliads. 1998. 216-233 p.
- DUARTE, M.M. & BENCKE, G.A. Plano manejo Estação Ecológica Estadual de Aratinga., 2008.
- MARTINELLI, G.; VIEIRA, C. M.; GONZÁLEZ, M. ET AL. Bromeliaceae da Mata Atlântica Brasileira: Lista de Espécies, Distribuição e Conservação. Rodriguésia, v. 59, n. 1, 2008.
- LEME, E.M.C. Canistrum - Bromélias da Mata Atlântica. Editora Salamandra, 1997.
- MARISE PIM PETEAN. As epífitas vasculares em uma área de Floresta Ombrófila Densa em Antonina, PR. Tese de Doutorado. Curitiba, PR: Universidade Federal do Paraná, 2005.
- BARRETO, C. G. Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental da Região Serrana de Petrópolis, Brasília, DF, p.489, 2007.
- NUNES-FREITAS, A.F.; ROCHA-PESSOA, T.C.D.; DIAS, A.S. Bromeliaceae da Ilha Grande, RJ: revisão da lista de espécies, Biota Neotropica, p.213-219, 2009.
- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.
- MARTINELLI, G.; VIEIRA, C.M.; LEITMAN, P. ET AL. Bromeliaceae. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 186-204 p.
- REITZ, R. Bromeliáceas e a malária - Bromélia endêmica. 1983. 193-197 p.
CNCFlora. Wittrockia superba in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Wittrockia superba
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 01/02/2012 - 16:37:33